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SUA OPINIÃO: MELHOR CARRO POPULAR (2010-2011)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Antigos: conheça o Opala SS, um legítimo muscle car brasileiro.

Mais do que o visual invocado, Opala SS tinha motor bem nervoso para a época

Modelo da década de 1970 trouxe esportividade ao mercado nacional de automóveis.

A década de 1970 foi efervescente para o setor automotivo. A classe média estava em ascensão e podia cobrar qualidade, embora não tivesse dinheiro sobrando. Por isso, as fábricas começaram a desenvolver veículos conforme as necessidades brasileiras. O Opala é o samba entre projeto alemão e motor americano, misturado ao gingado brasileiro, que deu certo.

O começo da linha surgiu quando a GM aproveitou um projeto da sua subsidiária alemã Opel, o Rekord C, com o motor invocado do Chevrolet Impala, e aplicou ajustes da equipe de engenharia brasileira. Alguns dizem que o nome Opala veio dessa junção.

Eis que o mercado jovem crescia e outras marcas estavam lançando produtos de olho nesses motoristas. A Chrysler dispunha do Dodge Dart e do Charger RT, e a Ford, do Maverick. Era constante a pergunta sobre uma resposta GM. Então, em 1971, veio o Opala SS. O trio de muscles brasileiros estava completo.

Logo na primeira leva, o motor 4100 de seis cilindros, com potência bruta de 140 cv, levava o carro facinho aos 170 km/h, algo muito bom para a época. Embora as portas para importação de carros estivessem abertas para quem se interessasse pelos verdadeiros muscle cars, os brasileiros sabiam que poderiam ter a sua opção nacional.

O formato de “garrafa de Coca-Cola” é uma característica de toda linha, com algumas variações de acabamento e mecânica. A suspensão era considerada macia demais para um esportivo, mas eficiente. Os freios, a disco na frente e a tambor atrás, eram bons para segurar o carrão. As faixas pretas no capô e nas laterais de longe expressam a esportividade do modelo, bem como as rodas de aço em desenho de estrela.

O modelo quatro portas não era bem aceito, tornando raro um exemplar como este. Nos anos seguintes, predominância do modelo duas portas, sem coluna central e com janelas desprovidas de molduras. No interior, sofisticação aprendida com outros modelos da linha, manopla e aro do volante de madeira. A esportividade ganhava entusiasmo com um conta-giros no painel.

A comunicação para chegar até os consumidores era na base da esportividade. As regras de trânsito não eram tão rígidas, embora o limite de velocidade tenha nascido na mesma época. Portanto, era possível vender desempenho e velocidade sem receios.

A sigla SS – Alguns dizem que, se o carro fosse fosse feito para atender ao consumidor americano, o significado seria separated seats (assentos separados). Porém, para o público brasileiro, super sport traduz melhor o que se esperava de um carro naquela época.

A continuidade - A partir de 1972, o teto do modelo apresenta caída acentuada para trás, seguindo o apetite pela esportividade. Em 1976, novidades no motor, que passa para 250-S 3 cuja potência saltou para 171 cv brutos. O modelo se tornou o mais rápido do país, de acordo com teste de importante revista da época. Nesse período, em plena crise do petróleo, foi lançada a opção de quatro cilindros, SS-4, mantendo apenas na aparência a musculosa ânsia pela velocidade. Após quase dez anos de história, em 1980, a linha SS se despede do público.

O Opala é um veículo bastante luxuoso, com mecânica extremamente confiável e um excelente desempenho. Tornou-se objeto de desejo de muitas pessoas, sendo um dos mais cultuados automóveis brasileiros de sua época e com vários clubes dedicados ao modelo ainda hoje. São inúmeras as aparições de diversos Opalas em Filmes, Novelas, Livros e Músicas. O último exemplar do Opala foi fabricado no dia 16 de abril de 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão. À ocasião de seu encerramento, mobilizou vários entusiastas e fãs do automóvel a sair em carreata nos arredores da fábrica em São Caetano do Sul, em protesto a retirada do modelo de linha. Uma série limitada especial do encerramento da produção do Opala foi batizada Diplomata Collectors. Os últimos 100 Opalas produzidos levam este nome e traziam um VHS sobre a história do Opala, foram fabricados em apenas 3 cores : Azul Millos, Preto Memhpis e Vermelho Ciprius, também eram acompanhados de chaves banhadas a ouro e um certificado assinado pelo presidente da GM do Brasil. O último Opala fabricado, um modelo Diplomata cor Azul Millos, foi cedido pela Chevrolet para o acervo de exposição do Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul. O último 'Collector' fabricado que está em circulação atualmente, encontra-se com um membro do Fórum Opaleiros do Paraná, fabricado em 16 de abril 1992 e possui cor Vermelho Ciprius. O último exemplar fabricado da Caravan (também em 16 de abril de 1992) foi um modelo SL ambulância. A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega (fabricado no Brasil de 1992 a 1998), e a Caravan teve como sucessora a Chevrolet Omega Suprema (fabricada no Brasil de 1993 a 1996). Atualmente o Omega está em sua 3a geração, sendo importado da Austrália.

Opala 6 cilindros

O motor de seis cilindros de 3.8 L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3a geração do veterano Stovebolt. Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim. Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves. No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive após o encerramento da produção do Opala. Logo em 1970, adotou virabrequim de maior curso, elevando seu deslocamento para 4.1 L (250 pol³). Posteriormente, ao longo do tempo, recebeu pistões mais leves e bielas mais longas. Para manter a concorrência com o Ford Maverick Quadrijet, a Chevrolet desenvolveu em 1974, o famoso motor 250-S, onde uma leve preparação era conferida ao motor 4100, como tuchos mecânicos, carburador duplo, comando de válvulas com maior duração de abertura, lobe center de 109° com levante de 6,5mm, e também taxa de compressão 0.7 ponto mais elevada. Com este novo ajuste, a potência saltou de 115 para 153 cv líquidos — uma sensível melhora da performance.


sábado, 16 de julho de 2011

Por R$ 70 mil, Mini One conquista no visual, mas perde na emoção.

Marca da BMW espera aumentar vendas em 40% com seu novo modelo de entrada

O Mini One tem cara de Mini Cooper, marca de Mini Cooper e preço (ainda que mais baixo) de Mini Cooper. Mas é um Mini Cooper de verdade? Isso vai depender do que você valoriza no simpático carrinho da marca inglesa controlada pelo grupo alemão BMW.

Apresentado oficialmente nesta quarta-feira (13) pela concessionária Caltabiano, na capital paulista, o Mini One é o "modelo de entrada" da linha. A expectativa é que, custando R$ 69.950, a versão ajude - sozinha - a elevar em 40% as vendas da Mini no Brasil.

Para atingir o público que, até agora, achava R$ 80 mil demais por um Mini Salt (a versão logo acima), a BMW fez uma jogada clara: baixou o preço e manteve os principais argumentos estéticos do Cooper, mas tirou equipamentos e - ai, que dó - di minuiu a potência do motor 1.6.

Os alemães sumiram com o rádio com entrada USB e bluetooth e diminuíram o tamanho das rodas (que são aro 15). O ar-condicionado, digital nas outras versões, passa a ser analógico na One. Os bancos são de tecido e os controles de áudio no volante desapareceram. O câmbio é manual de seis velocidades.

O propulsor 1.6 do Mini Cooper One tem 98 cv de potência, contra 120 cv das duas opções logo acima (Salt e Pepper, que custam R$ 80 mil e R$ 88 mil, res pectivamente). Ainda assim, o carro tem entre seus equipamentos seis airbags, direção elétrica e freios ABS.

No entanto, a principal coisa que o Mini One tem - e aí é que está o centro da aposta da marca - é o visual. Batendo o olho por fora, é difícil dizer a diferen ça entre a versão de entrada e os modelos mais caros. Se você quiser ser realmente detalhista, saiba que o retrovisor do One será sempre em plástico preto fosco, assim como a cobertura sobre a tampa do porta-malas. As rodas aro 15 e a logomarca atrás também "entregam" o preço menor. Mas, fora isso, a imagem está toda lá, prontinha para atrair olhares e virar alguns pescoços nas ruas.

Ok, feito o discurso sobre como o Mini One é bonito, bacana e está na moda, é hora de ver como ele se sai nas ruas. O R7 (http://noticias.r7.com/) dirigiu o carrinho durante cerca de 20 minutos por ruas e avenidas de São Paulo. E o que esse curto test-drive mostrou foi que, quando o visual é deixado de lado, o modelo de entrada da marca vira um carro "comum" - bom, mas que deixa de transmitir ao motorista parte daquele delicioso sentimento de pilotagem que um Cooper tradicional tem.

Não que, para a cidade, o Mini One seja um carro ruim. Ele é, inclusive, mais confortável de dirigir do que as versões mais caras, já que os pneus de perfil maior ajudam a filtrar as irregularidades do asfalto. A ótima posição baixa do motorista, o volante pequeno e firme - revestido em couro -, o excelente câmbio e as respostas rápidas também estão lá. Mas (e este é um grande "mas") falta motor.

De acordo com a Mini, os 98 cv alimentados por ga

solina levam o One de zero a 100 km/h em 10,5 s. Só para comparar, esse é exatamente o mesmo tempo informado pela Volkswagen para o zero a 100 km/h do novo Fox 1.6 - cujo motor, com etanol, gera 104 cv. É ruim? Não. É bom? Também não. É apenas médio, e médio não é o que você espera de um carro que custa quase R$ 70 mil. Afundar o pé no acelerador do One não deixa ninguém emocionado, especialmente se o ar-condicionado estiver ligado.


Claro que alguém pode argumentar que os sedãs "tiozões" que habitam essa faixa de preço - Renault Fluence, VW Jetta, Honda Civic ou Toyota Corolla, entre outros - também não são um primor de aceleração e desempenho. É verdade, mas eles compensam em outras áreas. Têm porta-malas, transportam cinco pessoas e trazem mais itens de conveniência. Também não dá para esquecer de outros carros que moram ali na ca

sa dos R$ 60 ou R$ 70 mil, como Hyundai i30 e Ford Focus.

É fato que, pelo preço, poucos carros no Brasil vão entregar uma imagem tão bacana quanto o Mini One. O desenho do Cooper é um ícone mundial que, mesmo com décadas de vida, continua a apaixonar. O interior do carro, com o grande velocímetro no meio, quase não deixa a desejar às versões mais caras. Os botões estilo avião de caç

a e a iluminação colorida - que pode ser personalizada em vários tons diferentes - dão charme e elegância.

O que o comprador do Mini One deve ter em men

te, portanto, é que, por R$ 69.950, ele terá um carro que traz toda a "fama" e o visual de um Cooper, mas que acelera como um VW Fox.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Honda Civic 2012

Audi S6 Avant testando seu novo coração V8 que também será do Bentley Continental

A perua S6 Avant anda testando seu novo coração, que irá equipar o modelo 2012. O novo V8 4.0 Biturbo substitui o V10 5.2.
Esse novo bloco também será utilizado pela Bentley no Continental. No S6, ele fornecerá em torno de 440 cv e será acompanhado de uma transmissão automática S-Tronic com sete velocidades.Ainda não se sabe a potência que ele irá entregar no luxuoso Continental, mas para o S6 será algo muito bom como intermediário entre o A6 e o RS6. O S6 e S6 Avant com este novo motor só devem estar disponíveis no início de 2012.

É fácil conviver com um Chevrolet Camaro?




Muscle car da montadora americana custa R$ 185 mil; veja o que você ganha com isso!

Poucos carros vendidos no Brasil atualmente têm uma imagem tão forte e são tão facilmente reconhecidos na rua. Se o Camaro for amarelo com listras pretas, uma exata cópia do Bumblebee de Transformers, as reações são ainda mais empolgadas. Visual matador, motor potente - trata-se, afinal, de um V8 6.2 com 406 cv - e atitude de sobra fazem desse muscle car um bem de consumo desejado e admirado.

O Camaro SS, no entanto, é "apenas" um carro. E, como todo carro, tem suas particularidades, qualidades e defeitos. Minha missão era descobrir se é fácil conviver com o grandalhão, tanto do ponto de vista prático - consumo, conforto e segurança - quanto do ponto de vista pessoal. Como é ser constantemente observado em todos os lugares?

Banheirão voador

O modelo esportivo da Chevrolet é largo. Muito largo. São quase 2,10 m de lado a lado. Para se ter uma ideia, o SUV grandalhão Hyundai Veracruz tem 1,90 m nessa mesma dimensão. No primeiro momento, essa característica "banheirona" deixa o motorista receoso, mas é surpreendente quão rápido o cérebro se adapta a calcular as distâncias com mais folga. Durante os cinco dias de teste, o único momento em que a largura do carro realmente incomodou foi na hora de parar na garagem do prédio. No shopping center, entretanto, as vagas são maiores, e deixar o Camaro por ali foi bem tranquilo.

A característica de carro grande e pesado (1.790 kg) é mais sentida na hora de fazer curvas. O Camaro SS não é um primor de estabilidade, e sua carroceria tende a rolar mais do que seria confortável em velocidades altas. Nesse ponto, o Chevrolet é fiel aos muscle cars da década de 1960: é rápido, tem cara de mau e não faz curvas direito. Ele nasceu para acelerar em linha reta.

E quando o Camaro SS acelera, o motorista se esquece de todo o resto. Posso dizer que 56,7 kgfm de torque a 4.000 rpm é muito. Mas, para dimensionar isso, imagine a seguinte cena. Você está parado no semáforo em uma pista de três faixas. Seu carrão é o primeiro da fila. A luz fica verde e você afunda o pé. Enquanto a cabeça cola no encosto do banco, o friozinho toma conta da barriga e o rugido selvagem do V8 entra pelos ouvidos, você olha no retrovisor e vê os outros carros lá atrás, como se estivessem parados. N ão estão, mas parecem. Zero a 100 km/h: 4,8 s. Só fique esperto com os freios a disco ventilado, que não são tão efetivos assim.

Cirurgia plástica

Mesmo parado, no entanto, o Camaro SS é um fenômeno. Fenômeno de popularidade, é claro. Em um sábado, paro na farmácia, compro um xarope e, quando volto, meia dúzia de pessoas estão ao redor do carro, duas delas tirando fotos.

- É seu, esse Camaro?

Pergunta tentadora. A vontade de responder sim e pagar de gatão é grande, então saio com uma gracinha.

- É temporariamente meu.

Piada péssima. Ninguém entendeu, é claro.

A audiência e as fotos se repetem em outros lugares. Na padaria, em frente ao prédio, na casa do sogro. Para quem não está acostumado a ser o centro das atenções, chega a ser constrangedor. Quando saio para jantar com minha mulher e entrego o carro no vallet, vejo que o manobrista tira um SUV qualquer que estava parado em frente ao restaurante e coloca o Camaro no lugar. Sinto-me meio idiota por pagar preço de estacionamento e ficar com o carro na rua, mas entendo a motivação marqueteira da coisa.

Um amigo, que ficou bastante feliz por ganhar uma carona até sua casa, se saiu com uma boa analogia para o fenômeno.

- Camaro é bem melhor que cirurgia plástica. O cara se sente muito bonito.

Pé no chão

Quando me perguntam se não sinto medo de assalto ou sequestro por estar em um carro tão vistoso, respondo com convicção.

- O carro chama tanta atenção que o bandido ficaria com receio diante de tantos olhares.

Sei lá se a cabeça do meliante funciona assim. Mas, se um sequestro de fato rolar e você for jogado no porta-malas, saiba que o Camaro SS tem um dispositivo que permite a abertura da tampa por dentro (veja foto abaixo).

Apesar de minha relativa tranquilidade diante do cenário de potenciais crimes, essas questões me trazem de volta ao mundo real, que fica ainda mais duro quando paro para abastecer o "Camarão". Encher o tanque de 71 litros com gasolina premium - a única verdadeiramente adequada ao carro - custa quase R$ 200. E o precioso líquido some na mesma velocidade com que o Camaro acelera: o computador de bordo marca consumo de 4,8 km/l (de gasolina, lembre-se).

Portanto, além das retas longas e das fachadas de restaurantes chiques, o lugar onde o Camaro SS fica mais à vontade é ao lado da bomba do posto de combustíveis. Café pequeno para quem paga R$ 185 mil em um carro? Provavelmente.

Um carro do coração

Racionalizar, usar a cabeça, fazer contas e pesar prós e contras não é prudente quando se fala de um muscle car. Não é diferente no caso do Camaro. Pelo preço de um apartamento, o que você leva é o motor apaixonante, o visual arrasador, a popularidade de uma estrela e a emoção que só um zero a 100 km/h em 4,8 s pode proporcionar. Para quem valoriza esses aspectos, poucas opções são tão vantajosas quanto o carrão da Chevrolet.

Porque, se você parar para analisar muito, logo vai perceber que o Camaro SS tem materiais internos de nível similar aos do pobrezinho Celta. Alguns dos encaixes do painel são quase amadores. A faixa amarela que cobre parte do plástico escuro ameaça se soltar em vários pontos. A direção mais pesada, tão desejada em velocidades altas, torna o ato de manobrar o carro uma tarefa e tanto. Tecnologia, luxo, acabamento e sofisticação que você encontra em Mercedes-Benz, Audi e BMW definitivamente não estão aqui. Se isso é importante para você, esqueça o Camaro.

Agora, se o que você busca é transformar seu rico dinheirinho em diversão, considere o muscle car da Chevrolet como uma das melhores opções - entre as poucas disponíveis no mercado brasileiro. Se algum amigo vier dizer que você fez bobagem, é possível apresentar ao menos uma conta racional: o Camaro SS custa R$ 455 por cavalo de potência. Nessa mesma comparação, um VW Gol Rallye (104 cv), que também é amarelo com listras pretas, custa R$ 388. Pouco a menos, e não tem nem ar-condicionado de série.